Discussões – Inícios moderados ou agressivos

A forma como uma discussão começa entre um casal, diz muito do caminho que a relação está a tomar.

De acordo com os estudos realizados pelo Dr. John Gottman, é previsível em apenas 3 minutos de observação de um casal a discutir o caminho que um relacionamento está a seguir.

Um dos factores que o Dr. Gottman identifica é a forma como as discussões se iniciam.

Casais felizes iniciam as suas discussões de uma forma suave, isto é, não ofendem o outro. A discussão não é feita tendo por base os “erros” do outro, mas tendo por base a nossa interpretação da situação. O inicio das discussões tem por base os factos e não a ofensa.

Por ofensa, identificam-se expressões do tipo “tu és sempre a mesma coisa”, ou “o quê que se passa contigo, não consegues fazer…”, ou “nunca posso contar contigo”, etc.

Estas formas são utilizadas de uma forma beligerante, isto é, são feitas para atacar o outro.

 

Por vezes o outro lança “água” na fervura, numa tentativa de lançar as tréguas na discussão, mas quem ataca está tão obcecado com o “ataque” que nem identifica a tentativa de trégua por parte do outro.

Começar uma discussão identificando claramente o que sentimos e o que gostaríamos é a melhor forma de mostrarmos claramente ao outro que não é o comportamento dele(a) que está na base da discussão, mas sim o que nós sentimos ou a nossa percepção da situação.

Dessa forma não estamos a atacar ninguém, nem estamos a defender-nos, estamos apenas a identificar e a partilhar um estado em que nos encontramos. É a situação que nos está a levar a ter essa emoção e não o outro.

Dizer “sinto que o que faço não tem valor para ti” é completamente diferente de dizer “és sempre a mesma coisa, tenho de ser sempre eu a fazer as mesmas coisas, pois tu nunca consegues fazes nada”.

Se identificas inícios agressivos nas tuas discussões, tens de mudar o início das mesmas, pois o caminho que está a seguir o teu relacionamento é em direcção ao divórcio, pois a trás de inícios beligerantes vêm outros comportamentos que vão continuar a indicar o mesmo caminho e entramos na espiral descendente do relacionamento da qual é muito difícil de sair, principalmente sem ajuda de terceiros.

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